eu estava aqui em alto divaganço
parecia que vinham aí trovões fortíssimos, e fui ver à janela
e estava fogo de artifício
depois fiquei a olhar tipo criancinha
e a sentir os ritmos das explosões
tipo ilustracção
final do ano tormenta...
os restícios da pólvora
continuo a ver estrelas cadentes
mesmo quando quase não há estrelas que se vejam
danças revoltas
suspiro deliro
suspiro magia
marés de cristal
cristais de fogo
eu vejo um bando de fénixes
um grupo a perder-se no horizonte
mil rastos de fogo
estranhas miragens
sólidas como ermos
mais afinados
depois de dedilhar as profundas águas
se aceitarmos a dança da espuma
das ondas gigantes que surgem na noite
o vôo através do tempo é infinito
como árvores quebradiças
aos murmúrios do desalento
mas o céu sempre responde.
e as nuvens nunca se apagam
porque o rio nunca cessa com a força da nascente.
erguendo esculturas no sopro da corrente
numa prateada ondulação ascendente
o anti climax da história
e a dança de Kali sempre regressa
sim, mas nunca é igual
ondas gigantes e espumosas e cristalinas
continuando o vôo
lançando fogo
porque o turbilhão do meu choro
é na essência uma explosão de pétalas.
todos queremos o mesmo, estamos é a forçar demais o chegar lá. a fazer força demais.
tenho tempo para parir.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
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